Eu digo Obrigada

>> quarta-feira, 28 de dezembro de 2011


Voltei de novo para agradecer. Afinal, são quase quatro anos neste recinto virtual, firme e forte no blogspot.com e com o privilégio da leitura de vossas mercês, sempre que podem, lendo nossas reverberações anarco-fashion ou cousa que o valha.

Só tenho a agradecer a companhia, os e-mails, os tweets fofos, as lembrancinhas, os cartões, os carinhos de todos que nos acompanham, vibrando forte para que o RQ continue por aqui.

Agradeço também porque esse ano pensei em parar. Contei pra amigos e alguns leitores mais chegados esse desejo e confissão de cansaço dessa coisa ególatra, agressiva e feia que de repente tomou conta da bloguelândia, antes lugar de gente que até podia ser agressiva, mas era mais humana. E todos me disseram que eu 'não era nem louca de parar' rs, dai que fiquei emocionada, agradecida - como já dito - e decidi ficar por aqui. Sabe-se lá até quando.

Fico enquanto acreditar e sentir, que pra mim é mais importante, de verdade, que o hiperespaço é lugar de todos, e que nesse todo tem canto pra novos escritores, jornalistas (mesmo os sem diploma) independentes se expressarem, pra artistas mostrarem seus trabalhos, pra descobrir uma informação relevante ou cultura inútil pop da boa, comprar uma besteirice pra casa, conversar com os amigos, redescobrir e assim, redefinir esse tal de mundo que a gente vive.

Inté janeiro.

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Um natal lindolindolindo ♥

>> segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

Um recesso no recesso, de forma meio que anárquica e divertida como de costume, só para lhes contar, queridos leitores, que o natal foi lindolindolindo.

Na verdade o natal sempre é, em essência, lindo. 

A gente nunca deve esquecer o significado, o de verdade, de 25 de dezembro. Se você acredita no messias cristão, se a sua fé é outra ou nenhuma, o certo é que boas energias pairam no ar. Sim, tem a gastação, o consumismo, a comilança,  a bebedeira, tudo desenfreado e meio que abençoado pelo papai Noel invantado por Thomas Nast, mas né, há muito mais para se apreciar. Sentimentos bons, o desejo sincero de que todos fiquem bem.

O que acho de verdade é que deveríamos deixar estas sentimentos sempre aqui, presentes.

E seguem imagens felizes.

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Imagens:  feitas com uma Sony Cyber-Shot DSC-W530.

Pra encerrar, imagem lindalindalinda, feita por minha amiga Jacinta, do natal de Fortaleza.














Update atendendo a pedidos!

Como recebi alguns e-mails e tweets fuefos fazendo algumas perguntas sobre as imagens que aparecem no post, como sei que sempre tem amigo que lê e quer saber algo, dicasdicasdicas, lá se vão alguns pormenores, porque né, estou de flusô hoje.

Na imagem 1 a sacolinha Chanel foi presente de beauté que ganhei, porque sim, tem Chanel no Rio, no Shopping Leblon. As moças são todas uns amores. A sacolinha com rostinho é da loja Alice Disse, uma fofura aqui do Rio.

Na imagem 2 a fadinha (não é anjinho) é Tok & Stok, coleção de 2008.

Na imagem 3 os blackbirds não são adesivos, fui eu que pintei. As botinhas são do Benji (labradoodle) e do Miu (um pelo curto brasileiro tigrado de olho cobre).

Na imagem 4 aparece minha mesa de ceia, simples, clean, porque gosto assim mesmo. Toalha de renda do Ceará, taças do enxoval, porta velas Le lis Blanc, pratinhos da Palestina, guardanapos e porta guardanapos (de tricot) feitos por mim.

Na imagem 5 cupcakes veludo vermelho com butter cream verdinho, coisa natalina.

Na imagem 6 o presente mais lindo da casa, na minha opinião, O Natal do Charlie Brown mais os cookies tradicionais de fim de ano aqui no cafofo anarco-fashion.

Na imagem 7 a árvore de natal de redes da Praça Portugal, em frente ao shopping mais lindo de Fortaleza, o Aldeota. Quando eu morava em Fortaleza, se a pessoa humana quisesse me dar um oi era só passar por lá, umas 17:00. Certeiro.


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Recesso até 2012

>> segunda-feira, 19 de dezembro de 2011


O ano de 2011 foi muito que bom para o bloguito, que continuou com a mesma orientação independente, livre, contudo menos verborrágica. Escolha acertada, aliás. 

Apesar dos comentários fechados, o blog não perdeu leitores, pelo contrário, o que foi surpresa, vale a confissão. A gente está numa fase meio doida de tanto egocentrismo triunfante, que um blog que serve tão somente para ser lido e apreciado (ou não), portanto não permitindo, via caixa de comentários, que o leitor exerça o (pseudo) papel de co-autoria e mesmo assim, não perder audiência e sim conquistar mais leitores é no mínimo emocionante e mais, revelador.

Entraremos em recessinho anarco-fashion inté janeiro, dai voltamos em plena temporada de moda engatilhada, achismos confessos a tiracolo etcetera coisa e tal. 

A gente volta ♥.

Au revoir.

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Domingo em movimento: dancinha de natal

>> domingo, 18 de dezembro de 2011


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Imagem desejo de sábado

>> sábado, 17 de dezembro de 2011



Imagem: {this is glamorous}.

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Um dezembro lindo em fotos e cores

>> sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Não sou fotógrafa, mas gosto de tirar fotos. Coisa de mãe que se via sozinha, queria muito registar todos os momentos dos filhos e dai comprou uma Kodak muito da humilde.

Era natal de 1995 e saí tirando fotos do filho pequeno, das jaqueiras do Planalto Central, etcetera coisa e tal. Dai vieram as meninas, outras maquininhas, todas analógicas simplinhas, de uso caseiro, compradas nas Lojas Americanas.

Nossa família tem alguma coisa em torno de duas mil fotos analógicas em álbuns de família. Digitais que ganharão, dentre em breve, papel fotográfico passando das mil. Vício.

Um monte de gente gosta das fotinhas que tiro, então aqui e ali postarei umas cousas, mas aviso: sem perspectiva, sem enquadramento, sem teste de luz e todas estas coisas lindas de gente que entende do que faz e sabe de cor o seu ofício. Como disse, não sou fotógrafa, sou uma 'tiradeira' de fotos cuja Cyber-shot de lentes Zeiss é coisa boa, mas né.









Pres'tenção que as fotos só foram editadas em tamanho pra mode caber, porque o blogger é uma chatice. Todas estas cores escandalosas de lindas são naturais. Pra vocês entenderem como não é preciso um grande esforço no Rio de Janeiro pra tirar uma foto lindalindalinda. Basicamente basta a máquina e estar por aqui.

Inté.

Imagens: feitas com uma Sony Cyber-Shot DSC-W530.

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Natal rosa: ceia, décor, dicas

Vossas mercês sabem o tanto que natal é o amor, o tanto que é bom decorar a casa, planejar a ceia, pensar na arrumação da mesa etcetera coisa e tal. Óbvio que estou me dirigindo a quem gosta das festas de fim de ano, porque há quem não goste ou não possa, então todo o meu respeito. Mas né, eu adouro!

Todo mundo tem uma lembrança linda da ceia de natal da casa dos avós, dos pais, da tia, de algum momento incrível, lindo, com muito pisca-posca e papais Noéis para todos os gostos. Muito vermelho e neve temática, né? Pois é, acho lindinho, mas para nós dos trópicos, em pleno verão, é meio insano essa celebração invernal. Por isso que prefiro que as coisas sejam mais delicadas, mais ternas, e o vermelho fica em alguns detalhes da árvore de natal em corações, laçarotes, lembram?

A gente não precisa de toalhas e guardanapos e bandejas e tudo o mais que se puder imaginar com temas natalinos e de solstício de inverno. Usar toalha de renda branca é bonito, assim como as bandejas de sempre, porcelanas divertidas, que não sejam especificamente natalinas, valendo poas, listrinhas, coisas fofas ou chics, conforme seu temperamento.

E a ceia? É aquela comilança boa, né mesmo? Um monte de gente acredita forte que a ceia de natal é um dos momentos mais especiais do ano (e é mesmo para quem acredita), portanto tudo tem que ser especial. Ou algo que o valha. Dai o cardápio inclui pernil, lombo recheado, peru, marreco, pato, ganço, javali, fora as guarnições samba do crioulo doido, tipo arroz com creme sei lá das quantas e salpicão (salpicão pode ser delícia, mas não é especial, nem fino) e nada orna com nada. 

O segredo de uma ceia inesquecível, fora o amor, alegria e estar perto de quem se gosta, é fazer com que as cousas se complementem. Carne de porco orna com chutney, com purê de maçã verde. Peru é carne com muita personalidade, com suco de cranberry então, vira um clássico, dai arroz delicado com ervas e passas e um vinho adequado, que pode ser espumante rosé, que super realça com a carne de peru, fora que é delícia e sim, fino.

Menos é mais, sempre.

Seguem algumas inspirações.

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Jingle bell.

Imagens: 1, 2 e 3 The Decorista; 4 {this is glamorous}; 5, 6 e 7 festinhas minhas usando toalha de renda do Ceará, cristais do enchoval de casamento, porcelanas Schmidt, velinhas réchaud Tok&Stok, passarinhos Extra, xícara Klimt de banca de jornal, vai ser feliz ;).

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Resoluções para o próximo ano


Este ano que está acabando, 2011, foi um ano bem bom, fazendo um balanço, que por sinal já vinha fazendo desde novembro. É que sou apressada. 

Foi ano que me reencontrei com o ofício antigo, o de colorir a vida, dai nasceu La Coloriste. Desenhar, pintar é outra maneira de perceber as cousas e pessoas, quase um filtro, uma interpretação da vida. Fora o prazer de trabalhar com amor, fazendo o que se gosta.

Enfim a casa nova, com pinheiro vizinho, teto de madeira, papel de parede, cheio de pequenas alegrias. Foi um processo de mudança quase que perene, parecia que nunca acabaria. Dois anos de reformas, de construções e desconstrução, que nem a música do Chico. Passados seis meses, até hoje a casa é uma querida novidade.

Afim de que 2012, o ano do Dragão, da carta V do Tarot, o Papa ou seja, aprendizagem e ensinamento, seja um ano incrívelincrívelincrível, apesar dos pesares (como tem que ser) tomei algumas resoluções: 

01. sentar para assistir mais filmes. 2011 foi ano muito bom nesse sentido, preciso de mais;
02. ler como lia antigamente, ou seja, muito. 2011 não foi muito bom nesse sentido e coloquei a culpa nos livros prisioneiros das caixas (o eterno processo de mudança). não tenho mais tal desculpa;
03. voltar a pintar com aquarela;
04. voltar a Yoga;
05. comprar e ouvir mais vinis;
06. escrever mais cartas à próprio punho para os amigos, porque é bonito;
07. organizar os álbuns de família, com fotos analógicas e digitais escolhidas para que ganhem vida em papel fotográfico;
08. comprar uma rebel;
09. comprar uma polaroid;
10. comprar mais livros.

Que venha o ano novo ♥.

Bisous.

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Caixas de frutas e décor

>> quinta-feira, 15 de dezembro de 2011


Uma das coisas lindas e fáceis, que só vendo, pra se usar em décor são as benditas caixas de fruta. Eu acho lindo, nove a cada dez decoradores acham lindo, as lojas das modas acham lindo, o querido leitor do RQ acha lindo, mas né, provavelmente alguém não acha. Achará o fim, pobre, brega, de mau gosto e tom, etcetera coisa e tal. Claro que não ornará na casa de todos, mas aponto uma palavra, que na verdade é um estado de espírito: rabugice.

Voltando.

Mas sabe quando uma cousa é muito fácil, tão fácil que se torna difícil? Pois é, esse é o caso das caixas de frutas. Simplesmente não consigo arranjar uma que seja para minhas aprontações decorativas aqui no cafofo anarco-fashion. 

A xepa da feira, o sacolão, fornecedores grandes tipo Cobal, Ceasa, e a tal e tão famosa Cadeg carioca. Aliás, informaram para minha persona que na Cadeg o povo vende as tais benditas caixas de frutas. É isso, mesmo, vendem caixa de madeira de pinus, cujo destino certo seria o lixão. Ah, a oportunidade.

Eu não desisti e desde já deixo aqui o protesto da caixa de frutas.

Inté.

Imagem: Casa Claudia dezembro de 2011 e uma parede com mais de 100 caixas de frutas e eu não consigo uma.

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Paul & Joe e a fofurice

>> quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Faz tempo que não mostro nada lindolindlolindo do mundo belezístico. Uma novidade que seja, uma cousa incrível, de fazer a gente ficar doidinha da silva, né? Pois é.

A verdade dura, nua e crua, é que depois de tanto escrever e procurar a gente percebe que as novidades são apenas promessas de algo novo, repaginadas para nos fazer acreditar (e a gente inté acredita), que aquele último batom matte da Maybelline é o mais extraordinário, e uma vez nos lábios transformará a pessoa numa Marlene Dietrich. Mentira, a maioria quer é se sentir como alguma blogueira tosquinha, mas né, cada um com os seus. De gabrielle me sinto nos anos '30 e que Marlene me valoriza.

Mas voltando.

Tudo está meio que um tédio então não se tem muito o que falar sobre.

Dai, que a gente se depara com algumas cousas que fazem o sensor de fofurice disparar, uma dessas cousas é a marca Paul & Joe, que já lançou uma linha toda da Alice da Disney, cisnes, outra floral lindalindlainda. 

A da vez é uma linha inspirada em gatinhos (ano passado também lançaram e estão repetindo porque foi sucesso), com batom com cara de gatinho e patinha de gatinho, fora blushes, pós e espelhinhos com carinha retrô, nhoinnn rs.



Bisous.

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ABC do RQ: V (Vintage)

>> terça-feira, 13 de dezembro de 2011

V (Vintage)


Dessa vez o verbete pede a ajuda de um dos meus ídolos modais tupiniquins, em termos de pensar moda, Marco Sabino e sue Dicionário da Moda. 

Termo inglês usado para designar a safra de um vinho. Na moda, é a apropriação de uma roupa ou acessório antigo, do passado no uso atual. também virou termo referência para designar roupas de outras épocas

Acabou se tornando uma cultura dentro do universo da moda, com livros especializados, manuais para pesquisa, possuindo cada vez mais adeptos ao estilo, principalmente com a procura crescente por brechós em todo o mundo.

Bisous.

Imagem: Vintage Fashion, outro livro incrível.

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Hoje é dia de Gonzagão!


Minha vida é andar por esse país, pra ver se um dia descanso feliz, guardando as recordações, das terras por onde passei, andando pelos sertões, e dos amigos que lá deixei.

Chuva e sol, poeira e carvão, longe de casa sigo o roteiro, mais uma estação e a saudade no coração.

Minha vida é andar...

Mar e terra, inverno e verão. Mostra o sorriso, mostra a alegria, mas eu mesmo não. E a alegria no coração.

Minha vida é andar...



***

Este post vem com gosto de bolo de milho, de tapioca com manteiga, de café coado, com o cheiro da florada do caju e mesa com toalha de filé.

E o tanto que eu amoamoamo Luiz Gonzaga? Sei nem explicar, é coisa que fala de casa, de história, de saudade.

O video do post é muito especial, porque tem participação do Chico Buarque, esse lindo, com Dominguinhos e imagens do Gonzagão e do Gonzaguinha.

A imagem foi feita com minha antiga máquina, com filtro de saturação bem tosco, que eu amo estes efeitos, Bob Gruen me entende. Então, é da última festa junina que os meninos participaram na escola lá de Fortaleza.

Salve Gonzagão!

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Hoje é dia de Sinatra (e do meu amigo Maicon)

>> segunda-feira, 12 de dezembro de 2011


Meu pai era um homem extremamente musical, que vivia a ouvir seus discos (vinis), a rádio universitária de Fortaleza (107,9 FM) com uma vasta programação de música boa, tipo jazz, e música erudita (que é o que se entende como música clássica, idos do séc. IX inté hoje). 

Mas ele gostava de música popular aussi, tipo o bom e velho olhos azuis, Frank Sinatra. E foi outro gosto do meu querido e velho pai que passou para mim, graças a tudo que é bom e que alumia. 

Muita lembrança boa dele me pegar no colo e dançar Sinatra, rodopiando comigo pela sala antiga com o aparelho de som (uma caixa gigante) e o jardim d'inverno ao fundo.

Hoje é dia de Sinatra (e do meu amigo Maicon)!


Bisous.

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Imagem incrível para segunda-feira: Vogue Nippon


Cores, beleza e algo inesperado. Pra quê melhor?

Bisous.

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Domingo em movimento: menu du jour

>> domingo, 11 de dezembro de 2011


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Hoje é dia de Clarice

>> sábado, 10 de dezembro de 2011


 A primeira vez que a li eu tinha 18 anos, dona da minha vida, independente, mas sim, ainda muito jovem. Haviam começado as reedições das obras de Clarice pela editora Rocco. Amei as capas com ilustrações da Flor Opazo e Carlos Scliar. Óbvio que naquela época eu não sabia, mas o amor não fica menor por conta disso.

Dai comprei o Laços de Família, um livro de contos. Depois Felicidade Clandestina, outro livro de contos. Não parei mais.

Clarice foi um dos motivos que me empurrou para o curso de Letras, para entender direitinho o que torna algo tão íntimo, tão pessoal, quanto os textos da dona Clarice, em literatura, portanto ficção. Eu já tinha em mim, veja bem, algo da crítica literária. Adendo: dizem que isso é uma espécie de doença, quando o vivente é, não tem como escapar não, a tal da crítica literária.

Mas vossas mercês sabem que fugi dela, da crítica literária e, que engraçado, por um mesmo motivo que me fez estudar as cousas da literariedade, por Clarice Lispector.

Porque consigo viver, admitir, aceitar e até compreender que Clarice não é amor para todos. Contudo, que queiram contestar o valor dos escritos claricianos para a literatura, como aconteceu comigo, em minha pífia experiência acadêmica, posso não senhor.

 Todo dia afogo a crítica que mora dentro de mim com terebintina. Parece que não morrerá, mas a quietude está ai.

Já falei foi tudo o que podia sobre Clarice aqui, em ataques de claricite, como diz minha amiga e mineira que só ela, Romina.

Já chorei e ri lendo Clarice. Já amei  e desamei um monte de coisas lendo Clarice. Amadureci, tive filho, os criei e ainda crio lendo Clarice. Ler é das coisas que deveriam ser naturais na vida de alguém e assim é para mim. Ler Clarice da mesma feita. Nem mais, nem menos afoita é a leitura clariciana, é apenas mais Clarice.

Acho que só pode ser, porque ela queria e virou o tal escrever movimento puro.

Imagem: Clarice por Bluma Wainer, Paris 1946.

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Décor Amélie Poulain, na prática

>> sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Dai que ontem a gente discorreu um monte (que nada, foi pouquinho) sobre décor Amélie isso, aquilo outro, etcetera coisa e tal e cadê mostrar referências próprias dessa cousa toda cores, fofuras e pequenas alegrias? Pois é.

Nem vou mentir que sim, como sou ousada com  toques do agridoce da loucura existencial, já pensei em tascar um vermelho-loucura-d'Almodóvar (ou Amélie - estranho, né?) em alguma lugar da casa, tipo a sala, minha alcova. Thiago bem que gosta da idée. Mas confesso que esse meu furor todo está mais no mundo das ideias platônicas, sabe como? Uma cousa idealizada.

Só que, para casa nova alguma coisa dessa referência tão querida das cores e da alegria foi trazida e adaptada, de forma mais tranquila, sem contudo, perder a felicidade do intento.




Primeira imagem: móvel amarelo canário do MMM; porta-retratos coloridos da Livraria Santos (dica da @re_nnathy); mini trem enfeite de natal Americanas; e dinossauro de pelúcia que estava por ali sei lá porquê cargas d'água, mas deixei porque achei lindo.

Segunda imagem: papel de parede Leroy Merlin; molduras baratinhas; reproduções Tim Walker; pintura La Coloriste; ecobag Pão de Açúcar.

Imagem três: não tenho monsieur cochon, mas tenho a girafa feliz da Tok & Stok.

Bisous.

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Sobre a árvore antiga e Wilde

Já contei para vossas mercês que há muito tempo atrás, quando eu era um simulacro de adulta, com vinte aninhos, era minha patroinha num negócio de festas infantis, lá em Brasília, o Atelier Branco de tempos muito felizes.

Dessa época guardo pouquíssimas lembranças tácteis, o que é uma pena para minha índole de lua em touro ou seja, apegada com as cousas. Fotos se perderam em mudanças, objetos queridos forma emprestados e não devolvidos, essas coisinhas chatas que acontecem, fora uma falta de cuidado, devo confessar. 

Basicamente, o que me sobrou da época, fora as experiências enriquecedoras e as lembranças doces, foi uma árvore de natal pequeninapequenina, que comprei por uma bagatela, num dezembro em que chovia em cântaros no Planalto Central, nas Lojas Brasileiras do Conjunto Nacional, lá no Plano Piloto.

Pois bem, essa árvore pequeninapequenina viajou de Brasília para Fortaleza e de Fortaleza para o Rio de Janeiro. Em presença de décor natalino, já foi substituída duas vezes, mas nunca tive coragem de jogar fora. Sempre ficou guardadinha num canto do armário das tranqueirinhas guardáveis.

Dai que essa semana dei um jeito nos livros, que ainda estavam em caixas desde a mudança para a casa nova. É um jeito ainda provisório, contudo com mais dignidade e ar puro para Alencar, Machado, Clarice, Cecília, a chérie Jane Austen, a chata da Hilda Hilst e o insuportável do Nietzsche.

Fiz uma pilinha de livros mais caros tipo importados, algumas raridades, na parte de cima da estantinha provisória e achei entre arquivos antigos uma figura muito querida, que antes adornava meu quarto rosa e azul em Fortaleza, Oscar Wilde. Achei por bem colocá-lo na frente da pilinha de livros queridos, acima da prateleira com alguns de suas obras, tipo seus contos infantis (que nem todo mundo conhece). 

Dai que ficou um vazio existencial do outro lado da estantinha, que me pedia para ser preenchido. Um vasinho de flores, umas caixas bonitinhas, mais livros... mas eis que lembrei da árvore pequeninapequenina, guardada num cantinho e foi ela a escolhida.


Bisous.

Imagem: com Cyber-shot nova, mió que a outra, mas ainda sonho com uma Rebel. A imagem foi editada com um programinha chamado photofilter, que é meu novo vício besta.

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Sobre décor Amélie Poulain

>> quinta-feira, 8 de dezembro de 2011


Decerto não é tudo mundo, mas muita gente fofa delira no décor do apartamento da Amélie Poulain.  Porque é quente, é vivo, é forte, é muito Paris, e uma Paris antiga, íntima e cheia de pessoalidade, mesmo que fictícia e criada para uma película.

Todo francês que conheci tinha toda uma intimidade, sem pudores e medos, com as cores. Nem que fosse uma estante de livros com capas duras entre vermelho e vinho, aliás, umas das coisas mais lindas que já vi. 

E o apartamento da Amélie é assim, pura personalidade e paixão pelas cores, uma paixão meio que metaforicamente falando da vida.

A gente super acredita que a inspiração para a alcova d'Amélie, além do trabalho expressionista com o vermelho e o verde, foi algo pensado para reforçar de alguma forma essa coisa francesa com as cores, desde Monet, Gauguin, o próprio Renoir (cujas obras no filme são quase que personagens) e assim criaram uma das personagens mais queridas e carismáticas do cinema contemporâneo, incontestavelmente, Dona Amélie Poulain e de quebra, uma das decorações mais queridas e inspiradoras da vida.

E tem toda a fofura dos detalhes, do abajur do monsieur cochon, os quadros do filmhond e fowl with pearl que a gente até encontra aqui.

Bisous.

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Mélanie Lupin

>> quarta-feira, 7 de dezembro de 2011


Ontem a gente falou de Amélie, aquela fofa, aliás durante toda a semana muito sobre Amélie há de se mostrar aqui no bloguito, mas hoje o dia é duma mocinha que é quase uma anti-Amélie ou uma resposta a Amélie: Mélanie Lupin.

Pra quem não conhece - e não é muito difícil não conhecer a Mélanie, porque o filme mal e parcamente foi divulgado no Brasil (dá para assistir vez por outra na rede HBO) - Vilaine (Mélanie, a Feia - em português) é um filme francês de 2008, uma comédia bem ao estilinho do povo das baguetes ou seja, bem terrível.

Por que a gente entende a Mélanie como alguma espécie de resposta a Amélie? 

De partida, Mélanie dá todos os sintomas da bondade e ingenuidade da heroína de Montmartre, Amélie Poulain: ela é compreensiva, meiga, mora num apartamento bonitinho (só que no interior da França), é garçonete, tem o mesmo cabelinho a la Chanel (só que uma é - teoricamente - feia e gorda, que é a Mélanie e a outra é magra e lindinha, apenas desarrumada, que é a Amélie) - eu acho Mélanie gata - , faz tudo para ajudar as pessoas, especialmente as que não merecem, como o trio de amigas falsas como fogo de monturo (pra caramba em cearencês). Tudo bem, Amélie só ajuda quem merece, mas né, deixa pra fins de comparação. 

Dai que um dia Mélanie se irrita, se rebela e cada um que se cuide. Uma cousa meio Ela É o Diabo, sabe como rs? Pois então.

A partir dessa segunda parte do filme, que é a parte catártica, da Vilaine propriamente dito, a gente se depara com cenas e situações politicamente incorretas, pequenas e grandes maldades, merecidas, portanto hilariantes. O final do filme proporciona, para quem tem humor negro, algumas das melhores risadas da vida.

A trilha é um passeio delícia pelo kitsch da década de 80, a fotografia é fofa, meio vintage pastel, creio que pra ornar com o clima bucólico de interior francês.

Mélanie, sua diaba!

Bisous.

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Le Fabuleux Destin d'Amélie Poulain

>> terça-feira, 6 de dezembro de 2011


Não sei como, mas nestes quatro anos de bloguito mal ou pouco falei de um dos filmes bobos preferidos da vida toda, desde que assisti, Le Fabuleux Destin d'Amélie Poulain, ou simplesmente Amélie, filme francês de 2001 que é o amor.

O filme me aconteceu quando estava despertando para língua francesa, já dominando seus fonemas mais difíceis, nos idos de 2002, em uma seção de filminho francophonique, no então IMPARh, curso de línguas mantido pela prefeitura de Fortaleza. Faz quase uma década, veja bem.

Por que tanto bem querer por Amélie Poulain? A gente poderia responder que é por sua fofura, o senso besta de justiça, que é super divertido, pelo culto às coisas simples da vida, que particularmente, é bom demais, porque é fácil e salutar. A trilha, a cara de uma Paris romantizada de Montmartre, de acordeons, de realejos, de crème brûlées. Tudo isso é lindo. Mas amo Amélie Poulain pelo escandaloso das cores e das luzes, já repararam?

Não?

Pois veja só, a fotografia do filme brilha em diversas cenas, que poderiam ser sem graça, comuns e até inúteis, se não fosse a iluminação e o trabalho com as cores. Uma loucura em vermelho e verde, que disputam a atenção da  gente, que fica se rindo todo das estripulias de Amélie. Uma clara homenagem e inspiração na obra do pai de tudo que é arte moderna, Vincent van Gogh.

Como não amar?

Au revoir.

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Feira da Providência

>> segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Já estou aqui no Rio fazem quatro anos e sempre ouvi falar da Feira da Providência, que era o máximo, que era isso que era aquilo e naquela vontade de ir. Este ano deu certo e fomos. 

Nunca havia ido ao Riocentro. Pois é, desde que cheguei ainda não fui a uma Bienal - os erês foram e amaram, trouxeram livros de arte para mim e voltaram felizes e cansados.

Mas voltando.

A ideia de uma feira que reúne cultura e artesanato do mundo todo deixa o ser vivente doinhodoidinho, especialmente se o vivente em si ama coisinhas lindas de décor, quinquilharias internacionais, nacionais e regionais etcetera coisa e tal. Dai que a gente fica naquela ansiedade de ver tudo e encontrar coisas novas cujas informações são apenas a lembrança num livro de narrativas históricas, de viagem de autores, de amigos que viajam por ai. Reencontrar com o que fala a nossa identidade: artesanato, rendas e palhas do Nordeste. A Feira da Providência é tudo isso, para o bem e para o mal.

Começando que o Riocentro é longe de tudo, de todos, do mundo. Ao longo do caminho, longolongolongo, fiquei esperando a hora em que chegaríamos a Nerveland, "a segunda estrela à direita e então direto, até amanhecer" (Peter Pan). Tudo bem que existe todo um mundo complexo - e lindo, diga-se de passagem - na Região Oeste do Rio de Janeiro, inclusive um condomínio de casas brancas, de telhados brancos, encrustado na montanha verdejante em algum lugar da Ilha de Guaratiba e o sítio do Burle Marx (a gente passou por lá na volta, quando nos perdemos, vale ressaltar que tomei a decisão de morar ali, sei lá quando), mas o Riocentro é o máximo do longe, ao menos de todos com quem falo. Mas uma hora se chega ao Riocentro e a sua imensidão. Então foi adentrar e desvendar a Feira da Providência.

O Primeiro pavilhão é meio que caça-níquéis, nada de verdadeiramente interessante, diferente e exótico ou seja, que valha o esforço. O Segundo pavilhão, onde se organizam os stands de (quase) todo o Brasil e de vários países é o que interessa.

A gente ficou um pouco decepcionado com os stands desse Brasil varonil, pelo o que se conhece mais intimamente, tipo o artesanato e culinária do Nordeste. Desculpa, mas espeto de salsichão na farofa é coisa de carioca ou de nordestino que mora no Rio e perdeu as raízes. Os preços abusivos, começando na castanha de caju e terminando na toalha de fibra de coco, a gente já espera. Só não esperava o desencontro com a identidade de cada lugar. Muito pouco de cultura de verdade. Uma pena. A coisa que mais mexeu com meu coração foi uma toalha de renda de filé, colorida que só ela, que custava uma pequena fortuna a se comparar com os lençóis de seda da Índia.

Dai  a gente se desilude.

O que amei foi o acarajé, uma delícia, feito por baianas de verdade, com aquela delícia de sotaque, numa barraca enfeitada com chita colorida, Iemanjá e fitinhas de Nosso Senhor do Bonfim.

Então vem à baila os stands internacionais. Os países daquela África das zebras, dos leões, bem representada com as escultura em madeira de ébano (as mais lindas) e outras madeiras, tapeçarias, vestimentas folclóricas. 

Dai vem os países da África que a gente não conhece tão bem, tipo a Tunísia e é aquele susto lindo. Pra começar, os perfumes, a maneira mais antiga de fazer perfume, que é a essência, o extrato do aroma, sem álcool, vendido em vidrinhos de vidro soprado e detalhes em ouro. Parecem jóias, e podem chegar ao valor duma jóia mesmo. Gaiolas de décor (as mais lindas que já vi), os azulejos, as cerâmicas pintadas à mão, as flores do deserto, tudo do mais lindo da arte islâmica. E já é o delírio, porque vêm os cristais e pratarias da Turquia, os lenços, as sedas da Índia, os doces, jóias e maquiagem da Palestina, da Síria, do Irã. Fora os mimos e curiosidades da Ucrânia, tipo moedas da antiga União Soviética, as matrioskas fofinhas.

Algumas imagens para ilustrar e finalizar, porque né.

{pratos pintados a mão da Palestina}

{moeda da antiga União Soviética}

{caixinhas blingbling coloridas da Índia}

{o legítimo kajal das Arábias}

{O kajal aplicado na mão pr'ocês verem como fica - fora é claro a exibição do anel lindolindolindo de prata e rubi - uma raspa de rubi, mas juro que não ligo - do Irã, desculpa}

{perfumes da Tunísia - comprei Opium, Sândalo e Mirra, uma delicadeza - em frascos de vidro soprado e detalhes em ouro}

{doces da Síria - o mais legal é que assisti um episódio do Comidas Exóticas da Travel&Living que mostrava como estas frutas cristalizas e os outros doces da Síria são feitos, pra uma semana depois dar de cara com eles}


Bisous.

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