Crônicas da mudança: o papel de parede

>> quarta-feira, 3 de agosto de 2011


Contei semanas atrás aqui do sonho do papel de parede. Toda uma ladainha em prosa do sonho das paredes revestidas de desenhos e cores de um papel decorado para enfeitar parede.

Então, a gente comprou o papel, foi até mais fácil de encontrar do que supunha. Encontramos fácil na Meroy Merlin um lindo papel com arabescos num verde pastel. E nem foi caro. Ao menos não achei caro pelos preços que encontrei na pesquisas. O nosso escolhido nos custou cerca de R$70,00 o rolo com 10 m e a cola, a bendita cola, algo em torno de R$3,50 o pacotinho que, diluído conforme instruções, daria para colar cerca de 6m.

Li muito sobre, porque eu queria fazer o serviço. Pois é, eu queria aplicar o papel de parede, sabendo que sim, poderia dar problema, porque não é lá algo fácil, segunda consta coisa e tal. Mas, era apenas uma parede e eu realmente queria testar a minha habilidade para a cousa. Mas não me deixaram. E como eu, inacreditavelmente, não queria arranjar discussão, deixei para lá, afinal, o mestre de obras/pedreiro/encanador/eletricista/faz-tudo-cabra-da-peste encarregado da obra sabia fazer de um tudo, inclusive um forro de madeira que nunca havia feito na vida, que por sinal ficou lindo, dá gosto de ver, dentre outras coisas tipo a parede quadro negro que ficou linda sim e também. Pessoa muito cuidadosa, há de se ressaltar, que jurava de pés juntos pra Dona Elizabete, euzinha, que sim, sabia como colocar o papel de parede sem imbróglios, pois eis que já havia visto muito disso, o tal papel de parede, nas lojas de Copacabana.

Confiei, confesso desconfiando. E bingo, eu estava certa, porque Murphy é a verdade.

Nem me aborreci muito com o desando da cousa, mas me aborreci tudo e mais um pouco com a ladainha ao redor de que a cola foi pouca, que a parede estava desnivelada, que o papel não era bom e que isso e que aquilo. O que aconteceu foi que a pessoa que se encarregou entendia menos do que eu do assunto. Hoje sei que muito menos. Foi presunçoso, precipitado, desleixado, deu um prejuízo de alguns metros perdidos de papel, fora a cola (cola de papel de parede parece grude de farinha de trigo ou de goma - polvilho - de colar cartaz em parede, a mesmíssima coisa) toda que foi pro beleléu. 

O bom foi que eu mesma fui lá e com ajuda, não de um faz-tudo-cabra-da-peste, mas sim de uma menina de 16 anos, pra  medir, alinhar, calcular, cortar e colar (com cola branca) o restante. E ficou muito bom. 

Ótimo, porque poderei falar disso para o resto da vida, porque eu guardo mágoa.

Cousas para se saber:

1. o certo é sempresempresempre contar com um profissional;
2. mas se não for possível, ao menos fique no pé do faz-tudo-cabra-da-peste que já viu muito disso (papel de parede) nas lojas de Copacabana;
3. é preferível, no meu ponto de vista louco, que você faça a cagadinha, se ela for inevitável, porque né, pagar pra fazer uma merda é dose. Do it yourself.

Inté.

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